Cirurgia convencional vs. técnicas minimamente invasivas: confira um comparativo entre elas

Imagem de médicos em um procedimento cirúrgico

O que você vai encontrar neste artigo:

Quando o paciente recebe a indicação de procedimento cirúrgico para tratamento de doenças, como as que acometem a coluna, as técnicas minimamente invasivas costumam ser recomendadas.

É justamente nesse momento que muitos pacientes ficam em dúvida: afinal, qual a diferença entre uma cirurgia convencional e um procedimento minimamente invasivo?

A finalidade de ambos os procedimentos é a mesma, ou seja, tratar uma determinada doença, mas esses dois tipos de cirurgia são muito diferentes entre si. Aqui, você confere um comparativo entre elas e descobre suas principais características!

O que é a técnica minimamente invasiva?

As técnicas minimamente invasivas são procedimentos que visam o menor dano e risco possíveis para o paciente. Isso é possível devido ao uso de tecnologias que garantem maior precisão e menor dano a estruturas corporais.

Por isso, as técnicas minimamente invasivas são amplamente indicadas por médicos, bem como buscadas por pacientes. Elas apresentam diversos benefícios, como baixo risco e pós-operatório descomplicado e curto.

Cirurgia convencional vs. técnica minimamente invasiva

É mais fácil entender a técnica minimamente invasiva ao compará-la com a convencional. Desse modo, dá para conhecer com maior clareza como funciona e quais são suas diferenças.

A seguir, apresentamos em quais pontos esses dois tipos de procedimentos se diferem. Confira e entenda como cada um funciona e quais são as vantagens dos procedimentos minimamente invasivos:

Uso de tecnologias

Uma das principais características da ténica minimamente invasiva é o uso de tecnologias na realização do procedimento, de modo a garantir maior precisão em todas as etapas e um menor dano a estruturas corporais.

A videoendoscopia da coluna é um ótimo exemplo disso. Trata-se de uma das principais técnicas minimamente invasivas para dor na coluna, utilizada para tratamento de hérnia de disco e descompressão de raiz, por exemplo.

Todo o procedimento é realizado por vídeo, com acesso por meio de cânula (endoscópio) com menos de um centímetro de diâmetro. Portanto, o corte que se faz é muito pequeno, sobretudo em comparação a uma cirurgia convencional.

Risco de complicações

Com as técnicas minimamente invasivas há um menor risco de complicações, pois todo o procedimento é muito mais preciso e com pouco dano a estruturas corporais do paciente.

Em uma cirurgia de coluna convencional, por exemplo, há uma agressão maior ao tecido, exigindo que o paciente descanse por mais tempo, incorrendo numa chance elevada de complicação. Ao fazer a cirurgia minimamente invasiva da coluna é possível fugir desses contratempos.

Recuperação e pós-operatório

Na técnica minimamente invasiva, o tempo de recuperação e o pós-operatório são mais rápidos. O corte de acesso ao local é reduzido, há uma menor taxa de sangramento e menos agressão ao tecido.

Como resultado, a possibilidade de infecção é menor, bem como a sensação de dor, sendo possível controlá-la por meio do uso de analgésicos. O tempo de internação é reduzido, muitas vezes com alta no mesmo dia da cirurgia.

O paciente consegue retornar às atividades laborais e físicas em um prazo menor, bem como realizar tarefas do dia a dia sem necessidade de ajuda constante.

Com a cirurgia convencional não há esses benefícios no período de recuperação e no pós-operatório, porque o dano que se faz ao tecido é maior, requerendo mais tempo para restabelecimento total.

Cicatriz

Há quem tenha preocupação com a cicatriz que ficará na pele após a cirurgia, se é grande ou imperceptível. Curiosamente, em técnicas minimamente invasivas a cicatriz é muito pequena, pois a incisão de acesso é feita pensando em causar o menor dano possível ao tecido.

Na videoendoscopia de coluna que já citamos aqui, a incisão é menor do que um centímetro. Em outras técnicas, pode ser que o corte seja um pouco maior, mas tende a ser menor do que se faria em uma cirurgia convencional.

Sobre a questão estética, é importante salientar que os médicos utilizam técnicas atualizadas para garantir o melhor resultado na cicatriz. No entanto, também depende de o paciente adotar todos os cuidados indicados pelo profissional para assegurar que o processo de cicatrização ocorra de maneira perfeita. 

Os procedimentos minimamente invasivos necessitam apenas de pequenas incisões milimétricas. Portanto, garante-se um melhor resultado estético.

Sucesso do procedimento

A possibilidade de sucesso do procedimento, com alívio ou eliminação de dores e melhora da qualidade de vida do paciente, é maior na técnica minimamente invasiva. Isso se deve à precisão da técnica e ao mínimo dano aos tecidos na área operada.

Quando se indica uma técnica minimamente invasiva?

A técnica minimamente invasiva pode ser indicada para tratamento de várias doenças. De maneira geral, a opção pelo procedimento cirúrgico ocorre quando o paciente não tem uma boa resposta a tratamentos conservadores.

Pensando especificamente no tratamento da dor nas costas, as técnicas minimamente invasivas podem ser indicadas para eliminar as causas desse sintoma. A seguir, você confere quais doenças da coluna essas técnicas podem tratar:

  • Hérnia de disco lombar, torácica e cervical;
  • Estenose lombar e cervical;
  • Ciatalgia (dor que atinge o nervo ciático);
  • Espondilolistese (deslizamento de vértebra);
  • Fratura na coluna vertebral;
  • Osteofitose (bico de papagaio);
  • Espondilodiscite (inflamação que incide em discos e vértebras).

É importante citar que esses são os casos mais comuns de recomendação de tratamento usando técnicas minimamente invasivas. Consulte seu médico para saber se a doença que acomete sua coluna pode ser tratada com um procedimento minimamente invasivo.

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Principais técnicas minimamente invasivas

Existem diversas técnicas minimamente invasivas, sendo possível tratar várias doenças com maior segurança, menor tempo de recuperação e risco reduzido para o paciente. Conheça, a seguir, quais são as opções de técnicas minimamente invasivas da coluna vertebral:

1. Videoendoscopia da coluna

A videoendoscopia de coluna é procedimento voltado ao tratamento de hérnia de disco e descompressão de raiz. É uma técnica moderna realizada por vídeo e acesso de instrumentos por meio de uma cânula (endoscópio) com menos de um centímetro de diâmetro.

Uma câmera de alta definição é acoplada ao endoscópio com uma fonte de luz. O equipamento projeta imagens ampliadas em um monitor Full HD, possibilitando que o cirurgião atue de maneira precisa no local de incidência da doença.

Na maioria dos casos, a anestesia é local e o paciente recebe uma leve sedação. A alta do hospital é no mesmo dia do procedimento.

2. Descompressão discal a laser

A descompressão discal a laser tem como foco o tratamento de hérnias de disco. Para realização do procedimento, o paciente recebe anestesia local e leve sedação. 

Uma cânula é introduzida com uma fibra óptica que transmite um raio laser no centro do núcleo do disco intervertebral. Então, uma energia é aplicada por meio de um equipamento gerador de raio laser de diodo, com comprimento de onda capaz de vaporizar o núcleo pulposo. 

Com isso, ocorre uma redução da pressão intradiscal, o que provoca um alívio da pressão da raiz nervosa, resultando na amenização da dor na coluna.

3. Rizotomia por radiofrequência

A rizotomia por radiofrequência é procedimento realizado para interromper o ciclo de dor. Também pode ser feito para tratamento de artrose e artrite facetária.

Esse procedimento minimamente invasivo é feito com o paciente sob anestesia local e sedação. O tratamento consiste na aplicação de uma corrente elétrica de alta frequência usando um eletrodo (agulha) para lesionar os nervos que estimulam a dor.

Como resultado, é possível interromper o ciclo da dor e o paciente tem um alívio ou eliminação do sintoma. Esse resultado pode durar anos, mas não é definitivo, pois os nervos se regeneram.

No entanto, o paciente pode realizar tratamentos de fisioterapia e fortalecimento muscular para ter uma reabilitação completa, contribuindo para que possua um resultado de alívio da dor duradouro.

A rizotomia por radiofrequência é um procedimento seguro, que atua somente em nervos periféricos, sem função motora. O posicionamento de agulhas é feito sob orientação radioscópica, o que possibilita que o médico alcance, com precisão, o local de origem da dor.

4. Artroplastia vertebral

A artroplastia vertebral é feita quando a descompressão a laser ou videoendoscopia não são indicadas para o paciente. Consiste na retirada do disco intervertebral, que é substituído por uma prótese articulada.

O procedimento é uma alternativa vantajosa à artrodese, que usa parafusos e placas para fixação óssea e limita os movimentos do paciente. Além disso, sobrecarrega níveis adjacentes.

Na artroplastia, utiliza-se uma prótese articulada de metal e polietileno de alta densidade, que consegue manter a mobilidade da coluna. Mesmo que o procedimento seja realizado na coluna lombar, mantém-se todos os movimentos naturais, como rotação e flexão lateral.

A incisão para acesso à área é feita na região do abdômen, pela frente da coluna. Com isso, há uma agressão menor à musculatura do core, preservando os músculos.

5. Cifoplastia

A cifoplastia tem como foco o reparo de fraturas, o reposicionamento de ossos e a redução de dor nas costas. Nessa técnica, o local da fratura é acessado por meio de uma cânula, que é introduzida com a ajuda da radioscopia, de modo a alcançar o local com maior precisão.

Então, um balão é insuflado ou se aciona um dilatador hidráulico para restaurar a altura da vértebra. Em seguida, utiliza-se um cimento ortopédico para dar rigidez ao corpo vertebral, reduzindo a possibilidade de ocorrer outro achatamento.

Trata-se de um procedimento com baixo risco de complicação, pois o balão ou o dilatador diminui a pressão dentro da vértebra. Assim, há uma probabilidade reduzida de o cimento ósseo vazar.

6. Terapia regenerativa por células-tronco

A terapia regenerativa por células-tronco visa à indução da regeneração de um tecido lesionado. Utiliza-se células-tronco mesenquimais e progenitoras do Aspirado de Medula Óssea, aplicando-as diretamente no tecido que será regenerado ou combinadas com enxertos. Assim, acelera-se a recuperação após o procedimento em até seis vezes.

Outros benefícios são o menor risco de fibrose e o fato de a técnica dispensar a centrifugação, o que economiza tempo e diminui o risco de contaminação.

Principais vantagens da cirurgia minimamente invasiva

A cirurgia minimamente invasiva se destaca em relação à cirurgia convencional porque proporciona mais vantagens para o paciente. A seguir, você descobre quais são as principais:

Incisão pequena, sem cicatriz grande

A incisão que se faz para acessar o local de tratamento é pequena, portanto, o paciente não corre o risco de ficar com uma cicatriz grande.

Além do fator estético, uma incisão pequena significa menos danos a estruturas da pele, musculares, entre outras. Isso contribui para que tenha um pós-operatório mais tranquilo.

Menor risco de complicações

A técnica minimamente invasiva é moderna, feita por meio de incisão pequena, com tecnologia que contribui para que se tenha alta precisão. Por isso, o paciente possui um menor risco de complicações, sendo um procedimento mais seguro.

Recuperação rápida e com menos dor

A recuperação do paciente no pós-operatório da cirurgia minimamente invasiva é rápida, com possibilidade de retorno às atividades em curto prazo, sem precisar ficar muito tempo repousando.

Além disso, ela é menos dolorosa, o que faz toda a diferença para quem foge do procedimento porque tem medo de sentir dor após a cirurgia. Inclusive, esse sintoma pode ser controlado com analgésicos prescritos pelo médico.

Menos sangramento e menor possibilidade de infecção

Como a incisão para acesso à área é menor, a taxa de sangramento é reduzida. Outro diferencial é que se tem um baixo risco de infecção, o que torna o procedimento ainda mais seguro.

Técnica minimamente invasiva é coberta pelo convênio médico?

Uma das principais dúvidas sobre a cirurgia minimamente invasiva é se o procedimento tem cobertura pelo convênio médico. Sim, os planos de saúde são obrigados a cobrir integralmente os gastos se realmente houver indicação médica.

Em alguns casos, o convênio médico pode negar a realização do procedimento, mas existem outras formas de conseguir a aprovação e fazer a tão sonhada cirurgia, realizando o tratamento para dor na coluna e melhorando sua qualidade de vida.

NeuroSafe pode ajudar nesse processo para conseguir fazer a cirurgia! Encaminhamos o paciente para uma avaliação com um médico especialista e comprovação da necessidade da cirurgia. 

Então, a NeuroSafe atua em todo o trâmite de solicitação e aprovação do procedimento junto ao convênio médico. O serviço é totalmente gratuito ao paciente interessado e garante toda praticidade e comodidade a este, fazendo cumprir seu direito de acesso ao tratamento. 

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*Este artigo é apenas de caráter informativo. Sempre consulte um médico de sua confiança!

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